Segundo relatório do Instituto Gallup para Estudos do Islã, as muçulmanas americanas são educadas, ativas e recebem salários equivalentes aos dos homens. Para especialistas, as informações derrubam estereótipos que muitas vezes acompanham o Islã.
"Compreendemos com este estudo que as mulheres muçulmanas nos Estados Unidos geralmente têm condições de igualdade com os homens e com as outras mulheres em relação à qualidade da educação, salário e a prática religiosa", disse o analista do instituto, Ahmed Younis.
"A premissa de que os muçulmanos não são como nós por oprimirem suas mulheres não é verdadeira”, acrescentou.
O estudo, realizado no ano passado com a participação de 946 muçulmanas, revelou que 42% das muçulmanas tem educação superior completa, superando os homens muçulmanos (39%) e a média americana (29%).
Younis acredita que "uma mulher muçulmana, que vive nos Estados Unidos, recebe as mesmas oportunidades e liberdades concedidas pelos Estados Unidos para as mulheres em geral... elas estão vivendo uma experiência única em comparação com outros muçulmanos no resto do mundo."
Segundo o relatório, só 23% dos muçulmanos dizem estar felizes na França e 7% na Grã-Bretanha em comparação com os 41% nos Estados Unidos (de ambos os sexos).
Para os responsáveis pelo estudo os resultados devem alterar a percepção dos americanos, sobre a imagem dos muçulmanos, afetada negativamente após os atentados em 11 de setembro de 2001.
"Os muçulmanos são o grupo religioso mais mal visto pelos americanos" alertou Dalia Mogahed Diretora do Instituto Gallup para Estudos Islâmicos.
"Apenas 45% dos americanos acreditam que os muçulmanos no país são fieis aos Estados Unidos. 25% disseram não desejar que os seus vizinhos sejam muçulmanos." Informou Dalia.