Sem uma declaração oficial do governo sírio, foi desbloqueado recentemente o acesso aos sites YouTube e Facebook até então proibidos na Síria, onde dezenas de milhares de internautas usavam "proxies" e programas especiais para burlar o bloqueio.
A notícia se espalhou ontem pela manhã entre os sírios, mas o acesso permaneceu bloqueado para algumas regiões e pode levar alguns dias para ser liberado em todo o território do país árabe.
Um grupo de ativistas havia chamado no Facebook para manifestações na Síria nos dias 4 e 5 de fevereiro batizadas de “Fúria Síria”, exigindo reformas políticas e económicas. Apesar dos manifestantes não terem comparecido, o governo sírio está tomando medidas econômicas e politicas preventivas desde a eclosão da onda de revoltas populares em países como Tunísia, Egito, Argélia, Iêmen e Jordânia. Entre as medidas o aumento de subsidio do diesel e, agora, o desbloqueio de algumas redes sociais e blogs.
Bashar Al Assad, presidente da Síria, afirmou em entrevista que a onde de manifestações árabes mudará a face da região, mas afastou a possibilidade de ocorrer o mesmo no seu país por não haver contradição entre governo e população e nem deterioração econômica semelhante à existente em outros países árabes. No entanto Assad reconheceu a necessidade de acelerar as reformas.
A Síria bloqueou os sites de redes sociais em 2007, mas, apesar do bloqueio, aproximadamente 400 mil sírios acessavam frequentemente os serviços.