O governo iraquiano anunciou na semana passada seus planos para a construção de um muro que cercaria a capital milenar, Bagdá, isolando-a do resto do país, mantendo uma única via de acesso ao interior da cidade.
Apesar de não terem anunciado a sua extensão, as autoridades afirmaram que a construção do muro de Bagdá deve consumir um ano, e o mesmo será equipado com câmeras de vigilância e modernos equipamentos de comunicação.
O assessor do Ministério da Defesa, General Mohammed al-Askari , afirmou que o muro deve separar Bagdá das províncias de Diyala, Salahuddin, Anbar e Babil.
O plano tem gerado muitas críticas ao governo. Especialistas em segurança afirmam que tal construção significaria o fracasso do governo em alcançar segurança e reconciliação no Iraque.
O membro do parlamento iraquiano, Hussein al-Falluji, acredita que esta barreira deve aprofundar as diferenças entre o povo iraquiano. Para ele, os custos, estimados em centenas de milhões de dólares, poderiam ser investidos na reconciliação nacional e na busca por políticas de segurança que incluam a sociedade.
O ex-major, Ghazi Elias, acredita que a construção de um muro ao redor de Bagdá é um sinal de fraqueza e fracasso das forças governamentais.
Elias ressalta que os ataques não irão parar com a construção do muro, pois os carros-bomba e os atentados suicidas são preparados dentro da cidade de Bagdá.
Com al-Jazeera