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Uma síria morreu neste domingo na passagem de fronteira de Al-Boqayaa, norte do Líbano, e cinco pessoas ficaram feridas, incluindo um soldado libanês, por disparos procedentes da Síria. Os tiros aconteceram quando os sírios fugiam a pé em direção à fronteira libanesa de Wadi Khaled.
Uma mulher, que estava fugindo da Síria a pé, foi atingida na fronteira do lado sírio e o soldado libanês foi levemente ferido no pé por uma bala perdida, acrescentaram as fontes. O incidente ocorreu no posto de controle fronteiriço de Al Boqaya, por onde cruzaram nos últimos dias centenas de sírios para fugir da repressão na Síria, sobretudo da cidade de Talkalah. Os refugiados chegam à área de Wadi Khaled, na região libanesa de Akkar, onde encontram refúgio entre os libaneses, muitos deles familiares. Entre os que chegaram no sábado da Síria, havia vários feridos e um deles morreu quando era transportado a um hospital da região de Akkar.
O representante da organização Human Rights Watch (HRW) no Líbano, Nadim Houry, falou neste domingo sobre a piora das condições humanitárias na Síria "após o crescente assédio, prisões e assassinatos de cidadãos inocentes e ativistas". "A área mais candente é Talkalah, de onde (a HRW) recebe pedidos de ajuda de cidadãos confinados em suas casas e cujas vidas estão ameaçadas, da mesma forma que das pessoas que fogem", afirmou Houry.
"Recebemos relatórios segundo os quais Talkalah está sitiada desde a manhã. Membros da Inteligência síria percorrem os bairros e invadem as casas para prender jovens e homens", acrescentou. A ação da Polícia, segundo o representante da HRW, causou no sábado a morte de três pessoas e deixou dezenas de feridos, "muitos dos quais não podem chegar aos hospitais para serem tratados".
A repressão dos protestos políticos que eclodiu há semanas na Síria já deixou centenas de mortos, e milhares de pessoas foram detidas pelo regime de Bashar al Assad.
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