A Liga Árabe disse que seu secretário-geral, Nabil al-Arabi, visitará a Síria no sábado, três dias depois do previsto anteriormente em meio a uma repressão mortal do regime aos protestos no país.
"Foi decidido que o secretário-geral da Liga Árabe, visitará a Síria no sábado, durante uma conversa telefônica entre Arabi, o chanceler sirio Walid Muallem e a comitiva da Liga", disse o vice-secretário da liga, Ahmed Ben Helli, a repórteres em Cairo.
Arabi havia agendado uma visita a Síria na quarta-feira passada, mas o governo em Damasco adiou a viagem subitamente alegando "circunstâncias fora do seu controle."
Arabi foi encarregado pelos 22 membros da Liga Árabe de viajar para Damasco com uma proposta de 13 pontos para tratar da crise no país com o fim da repressão e sugerindo um processo de reformas.
Apesar do conteúdo sigiloso da proposta, informações garantem que a mesma sugere a manutenção do presidente em seu posto até o fim do mandato em 2014 quando seriam realizadas eleições presidenciais abertas de diversos candidatos e com observação internacional. A proposta também pede o fim imediato da violência e a realização de eleições parlamentares em três meses para que seja acelerado o processo de reformas constitucionais e legislativas.
Os governos árabes quebraram meses de silêncio em uma reunião da Liga Árabe no Cairo, na semana passada, exigindo que a Síria pare o derramamento de sangue, e decidiram enviar Arabi para Damasco, para pressionar por reformas políticas e econômicas.
Outra reunião dos chanceleres árabes deve ocorrer na próxima semana no Cairo para discutir a evolução da questão.
Um oficial da Liga confirmou que uma reunião ministerial será realizada em 13 de setembro.
Membros da oposição síria afirmaram não terem sido consultados sobre a proposta, e só farão um pronunciamento a respeito após a posição do governo que consideram ilegítimo.